segunda-feira, 26 de novembro de 2007

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

pequenas notáveis

Está de volta o tabuleiro kitsch/tropicalista de Carmen Miranda, a portuguesinha de alma carioca que desembarcou nos Estados Unidos e se tornou a Brazilllian Bombshell.
Carmen Miranda, com seus balangandãs e penduricalhos, levantou a auto-estima de um mundo que estava na maior depressão depois da Primeira Guerra Mundial e, agora nas vozes das cantoras Célia, Lucinha Lins e Virgínia Rosa, ela renasce neste show que essas grandes artistas criaram para lembrar o cinqüentenário de sua morte (1909 – 1955).

Não foi por acaso que elas se uniram para homenagear Carmen Miranda. As três cantoras são amigas, já se apresentaram juntas em diversos shows, compartilham músicos e sonhavam com a possibilidade de fazerem juntas este Pequenas Notáveis - Tributo a Carmen Miranda.
O primeiro sucesso de Célia foi “Na Batucada da Vida”, também um grande sucesso de Carmen Miranda. Lucinha Lins quis viver Carmen Miranda no teatro e Virgínia Rosa já interpretou alguns sucessos de Carmen no show “Alô Alô Carnaval”.

O show recria os grandes sucessos de Carmen Miranda - Tic Tac do Meu Coração, Adeus Batucada, Tabuleiro da Baiana, TicoTico No Fubá e etc – compostas por nomes como Assis Valente, Sinhô, Dorival Caymmi e Joubert de Carvalho.


FICHA TÉCNICA - SHOW

Vozes: Célia, Lucinha Lins & Virgínia Rosa
Direção Musical: Dino Barioni
Iluminação: Wagner Freire
Adereços: Claudio Tovar
Direção de Produção: Mesa 2 Produções Artísticas

eugénia melo e castro

EUGÉNIA MELO E CASTRO é a artista que inventou, há mais de 20 anos, a colaboração, as parcerias, o intercâmbio constante, entre músicos brasileiros e portugueses. Seu disco DESCONSTRUÇÃO é dedicado à sua mais antiga paixão musical brasileira, Chico Buarque, a quem ela descobriu aos oito anos de idade, em 1966, o ano de A Banda.

Chico Buarque de Holanda chegou a Portugal quase ao mesmo tempo em que se tornou popular no Brasil. Nos circuitos possíveis de liberdade naquela época em Portugal, Chico foi um dos grandes formadores poéticos e musicais de gerações de sonhadores portugueses. Quando o pai de Eugénia, o poeta e professor Ernesto Manuel de Melo e Castro, lhe presenteou com o disco A Banda, trazido do Brasil, daria à vida da filha um destino completamente diferente do que se poderia imaginar. A partir desse dia, Eugénia se preocuparia apenas com a música e a poesia, para ela apenas interessava seguir esse caminho. Eugénia Melo e Castro literalmente aprendeu o Brasil através de Chico Buarque, sua maior referência.

Em 2006, Eugénia comemora 25 anos de carreira, 20 discos gravados e lançados no Brasil e em Portugal. Uma obra de aventuras musicais e poéticas, inédita e pioneira, mantendo o espírito indomável da descoberta e do fascínio. É com este espírito que Eugénia trabalhou a obra autoral de Chico Buarque, com a coragem de quem soma e arrisca a sua primeira diferença, ser portuguesa, com a ousadia da intervenção autoral na obra genial do compositor.

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

o jeca voador


O JECA VOADOR E A CORTE CELESTE é um projeto teatral que difunde a cultura e investe na formação de platéias, tendo como alvo todos os públicos mas especialmente o estudantil, porque o leva a um mergulho na História do Brasil.
Em sua primeira montagem, no CCBB – Rio (Centro Cultural Banco do Brasil), recebeu o prêmio Maria Clara Machado (melhor montagem e melhor ator/2002), concedido pela prefeitura do Rio de Janeiro, além de concorrer em várias outras categorias. Seu autor, Caio de Andrade, é um dos mais respeitados dramaturgos do atual cenário carioca, vencedor do Prêmio Governo do Estado do Rio de Janeiro (por “Os Olhos Verdes do Ciúme” / 2001) e duas vezes indicado para o Prêmio Shell (“Os Olhos Verdes do Ciúme” /2001 e “Deserto Iluminado”/ 2003).


FICHA TÉCNICA

CAIO DE ANDRADE: Texto e Direção
IMARA REIS: Coordenação Artística
CLÁUDIO TOVAR: Cenários e Figurinos
FERNANDO CARDOSO: Iluminação
CAU ALMEIDA: Design Gráfico
REGINA CÉLIA: Produção Executiva
ROBERTO MONTEIRO: Direção de Produção


ELENCO

GUSTAVO HADDAD
WALTER BREDA
CYNTHIA FALABELLA

madame de sade

MADAME DE SADE, peça do autor japonês Yukio Mishima, explora os acontecimentos históricos entorno da vida do aristocrata francês, Marquês de Sade, celebre no século 18 por seus textos pornográficos, sua sádica vida sexual e posições políticas amorais.
Ironicamente sua devotada esposa, Renée – A Marquesa de Sade – mostrou uma inabalável fidelidade ao marido que por séculos deixou os biógrafos perplexos. Contrariando todas as expectativas, Renée parecia apaixonada pelo marquês e com ele chegou ao limites de sua moralidade e imaginação. Ela enfrentou os maiores ultrajes e, finalmente quando após 18 anos de prisão o Marquês foi posto em liberdade, Renée o abandona e recusa-se a vê-lo.

FICHA TÉCNICA

ELENCO

BARBARA PAZ
IMARA REIS
JERUSA FRANCO
TÂNIA CASTELO
DENISE CECCHI
e MARIA DO CARMO SOARES


DIREÇÃO: ROBERTO LAGE
FIGURINOS: CLÁUDIO TOVAR
VISAGISMO: WALMIR SPARAPANE by GIVANCHY
ILUMINAÇÃO E CENÁRIO: KLEBER MONTANHEIRO
PRODUÇÂO: MESA 2 PRODUÇÕES

noites brancas

NOITES BRANCAS ficou em cartaz durante dois anos, de 2002 a 2004, em diversas cidades. O espetáculo foi uma adaptação do clássico de Dostoiévski, escrito em 1838, que narra o encontro entre a jovem Nástenka e um homem sonhador, num cenário idílico. O texto traz um Dostoiévski romântico, afastado, momentaneamente, de seus temas naturais, sombrios.

Débora Falabella interpretou a jovem Nástenka, recém-saída da adolescência, uma personagem com forte brilho, que vive, tediosamente, ao lado da avó cega e da criada surda. Por isso, se entrega facilmente a qualquer emoção que possa libertá-la do ambiente ao qual está submetida.

O solitário que Nástenka encontra, interpretado por Luiz Arthur, busca, não a felicidade eterna, mas um instante feliz que justifique toda a sua existência.

A encenação e a adaptação desta novela foi composta pensando na especificidade da linguagem teatral. No palco o resultado foi de uma intensa experimentação física, emocional e intelectual, que deu vida a um clássico da dramaturgia mundial, que já foi levado ao cinema por ninguém menos que o diretor italiano Luchino Visconti.

Ficha Técnica

Texto: Fiódor Dostoiévski
Elenco: Débora Falabella e Luiz Arthur
Adaptação: Edmundo Novaes Gomes
Direção: Yara de Novaes
Assistente de direção e produção: Regina Célia
Cenário e Figurinos: André Cortez
Iluminação: Telma Fernandes
Assessoria de Movimento: Mônica Ribeiro
Preparação Vocal: Valéria Braga
Trilha sonora: Morris Picciotto
Produção: Débora Falabella / Mesa 2 Produções
Produção Executiva: Odeon Companhia Teatral (Carlos Gradim)





na carreira

Pintar, vestir
Virar uma aguardente
Para a próxima função
Rezar, cuspir
Surgir repentinamente
Na frente do telão
Mais um dia, mais uma cidade
Pra se apaixonar
Querer casar
Pedir a mão

Saltar, sair
Partir pé ante pé
Antes do povo despertar
Pular, zunir
Como um furtivo amante
Antes do dia clarear
Apagar as pistas de que um dia
Ali já foi feliz
Criar raiz
E se arrancar

Hora de ir embora
Quando o corpo quer ficar
Toda alma de artista quer partir
Arte de deixar algum lugar
Quando não se tem pra onde ir

Chegar, sorrir
Mentir feito um mascate
Quando desce na estação
Parar, ouvir
Sentir que tatibitati
Que bate o coração
Mais um dia, mais uma cidade
Para enlouquecer
O bem-querer
O turbilhão

Bocas, quantas bocas
A cidade vai abrir
Pruma alma de artista se entregar
Palmas pro artista confundir
Pernas pro artista tropeçar

Voar, fugir
Como o rei dos ciganos
Quando junta os cobres seus
Chorar, ganir
Como o mais pobre dos pobres
Dos pobres dos plebeus
Ir deixando a pele em cada palco
E não olhar pra trás
E nem jamais
Jamais dizer
Adeus

Na Carreira
Edu Lobo - Chico Buarque - 1982